27 de jul. de 2014

Back Of The 13ª Door - Prólogo


 "Ah, vamos, Harry!" encarar o chão meio que virou a minha única opção.
 "Não, gente. E-eu não posso." suspirei e saí correndo. Um dos meus males foi sempre ser "certinho". Mas certinho no sentido de que eu não bebia bebida alcoólica, não usava drogas e não fazia nenhum crime. Porém vivia aprontando e indo contra tudo o que meus pais falavam.
 Estava na casa do meu amigo, John, que ficava a uma quadra da minha. Eram exatamente 4h43 da manhã. Nunca iria me esquecer desse dia.
 John fumava maconha e vivia insistindo para eu fumar com ele mas... eu simplesmente não conseguia. Naquele dia eu ia dormir na cada dele. Só que, alguns amigos do mesmo começaram a chegar e... PA! Em menos de uma hora todos já estavam sobre aquele famoso efeito. E me perturbaram a noite inteira para eu me juntar a eles. E eu negava. Até que eu não aguentei mais e saí correndo de lá o mais rápido que podia. Corri com todas as minhas forças até ficar de frente para minha casa. Apoiei minhas mãos em meus joelhos e tentei regular minha respiração. A noite estava mais fria do que nunca e eu estava somente com uma calça jeans e uma regata.
 Após uns cinco meninos na mesma posição, voltei para a minha normal e encarei a casa branca de dois andares a minha frente. Ela era a 13 da rua mas eu nunca liguei para isso, apesar dos meus amigos sempre terem uma piadinha. Comecei a sentir um aperto no coração e franzi a testa em confusão enquanto encarava a porta. Ela estava aberta. Logo após, foi como se o desespero tivesse tomado conta de todo o meu corpo. Quando me dera conta, já estava correndo para dentro.
 "MÃE!!! PAI!!!" o silencio dominava todos os cantos da casa. Encarei a escada. Estava tudo escuro. QUE PORRA QUE ACONTECEU AQUI?! "MAAAAAAE!!!!" corri para o segundo andar e acendi a luz. Estava tudo revirado. A estreita mesa que ficava no canto da parede com um vaso de flores junto com nossa foto em família agora estava caída. Avistei o famoso porta-retardo azul escuro e o virei. Lá estava: eu, papai e mamãe. Por algum motivo, guardei a mesma comigo.
 "PAAAAAAAAAI!!!!" Olhei em todos os quartos e banheiros e encontrei somente tudo na casa revirado. Voltei ao segundo andar e acendi a luz da sala. Ver o estado que a mesma estava fez meu coração ficar mais disparado do que já estava e meu nariz arder. "MÃE!!! PAI!!! ONDE VOCÊS ENTÃO?!" Comecei a andar até a cozinha e um sentimento horrível me abateu. Nunca soube explicar bem o que era.
 "Harry?" Me virei. "Harry, o que aconteceu aqui?!" Era Marcelo. Nosso vizinho do lado. Provavelmente escutara meus gritos.
 "E-eu não sei." suspirei "Eu cheguei agora e a porta estava aberta. Olhei todo o segundo andar e não encontrei meus pais. Só falta olhar na cozinha" eu estava desesperado, preocupado, nervoso.... eram tantas emoções que eu não sabia dizer bem o que era.
  "Vamos, eu vou com você." Ele ficou ao meu lado e apoiou a mão direita em meu ombro direito. Marcelo era um cara de 34 anos separado e trabalhava com turismo. Morava ali desde que minha mãe estava grávida de mim. Vivia contando em como se conheceram: ela entrara em trabalho de parto enquanto colocava o lixo fora. Estava sozinha em casa, ela começara a gritar e somente ele estava ali para ajudá-la. Eles não eram AMIGOS mas... vizinhos. Entende?
 Em passos lentos, a respiração ficando mais forte e o coração mais disparado, alguma coisa me dizia que eu não ia gostar nada nada do que iria ver. Marcelo deu um leve aperto em meu ombro assim que chegamos a porta da cozinha. Estava tudo no completo e inevitável escuro. Estiquei meu braço para ligar a luz e logo me arrependi. Arfei e lágrimas invadiram meus olhos. Eu não conseguia acreditar no que estava vendo.
 Foi como se tudo perdesse o sentido. Como se tivessem tirado meu chão, meu ar e tivessem esmagado meu coração. Aquilo não poderia estar acontecendo. Meus pais não poderiam estar ali... no meio de uma cozinha completamente suja de sangue e com facadas em todos os lugares do corpo.
 Perdi todas as minhas forças. O que iria ser de mim com meus pais mortos? Cai de joelhos no chão e encarava os dois corpos completamente sem vida que estava em minha frente.

5 de jul. de 2014

Back Of The 13ª Door


 Em seus plenos 16 anos e morador do TexasHarry Stuart Walker vê seus pais mortos apos voltar da casa de um amigo. Por motivos pelo qual o mesmo desconhece, sua tia por parte de pai (única parente próxima ao garoto viva) o manda morar com seu tio-avô Charlie em sua mansão com a aparência de abandono no meio de uma floresta no Alaska.
 Charlie pouco ligava para o garoto, que sentia como se vivesse sozinho naquela enorme casa. Porem, a única coisa que Charlie lhe disse fora para nunca entre na decima terceira porta. Harry não sabia que porta era essa então nem ligou. Porem, um dia Harry estava fugindo de Charlie apos derramar cafe no sofá do mesmo (nem mesmo sabia o porque dele se importar com aquele sofá velho) e, fugindo do velho de barba branca, entrara em uma porta qualquer e se trancara la.
 Apos seus batimentos cardíacos se acalmarem, ele olhou em volta: um comodo vazio e úmido com cheiro de mofo. Se sentiu aliviado e virou de frente para a porta onde estava encostado a segundos "FUJA", o menino sente um calafrio percorrer seu corpo e olha para trás procurando de onde viera a voz. Nada vê. Ao se virar para a porta em sua frente, seus olhos se deparam com dois números juntos escritos com tinta preta e grande "13".